quarta-feira, 17 de abril de 2013

Bambús sobrepostos

Hoje fiz uma brincadeira interessante. Fui desenhando camadas e mais camadas, isoladamente, sem olhar a anterior. Comecei da mais clara, com opacidade baixa. E fui subindo a cor e a opacidade, até chegar em preto total 100%.
O efeito final ficou muito bom!
E agora, tenho vários desenhos, que podem ser usados de maneiras diversas.
Eles podem virar adesivos para parede, ou para capa de caderno;
Fundo de cartão de aniversário;
Motivo para pintura em porcelana;
Um quadro....

Primeiro os desenhos separados






Aí comecei a abrir as camadas, mostrando as sobreposições:



era pra ser este o final:


Mas gostei mais do penúltimo, sem o preto absoluto. Para usar na internet, é menos agressivo. Se eo for imprimir grande, usarei o pretão mesmo....


Se você desenha, use e abuse do seu potencial. Faz bem pra alma!

sábado, 6 de abril de 2013

CASA ARRUMADA


... pego emprestado, porque gostei muito!
CASA ARRUMADA
Carlos Drummond de Andrade
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
Carlos Drummond de Andrade

Filho também é projeto

Peço licença dos assuntos arquitetônicos para falar do meu maior e mais recente projeto: Elisa Reis.
A baxinha veio ao mundo com força total. Revirou minha vida. Redirecionou minhas metas. bagunçou um bocado e arrumou o resto. Palavras da Nina: "desisti de ter casa de arquiteto!"
Por ela, passei a ter rotina e a tentar ter calma.
Depois dela, entendi porque as mães gostam tanto de rezar e de cantar músicas calmas.
Com ela, tenho entendido que há coisas (muitas coisas) que não tem solução. Nem como prever. Usando as palavras da minha mãe: "Filho não nasce com uma receita pregada na bunda, que nem bolo de caixinha".
Ah se tivesse fórmula!!!

Sendo assim, está errado meu título. Filho não é projeto.

É obra. Sem papel para seguir, sem engenheiro para culpar.
O arquiteto é Deus. E Ele nem sempre nos mostra Seus planos.
Cabe aos pais, adminstrar. Esperar. Observar, Esperar. Agir. Esperar. Escutar. Esperar. Rezar e rezar e rezar... Esperar.....

Agora entendo a frase "Filho doente, é paulera!" Ficaria um mês sem dormir, se isso garantisse que ela ficaria bem.
Faço absolutamente qualquer coisa por uma gargalhada gostosa.
Nada paga o sorrizão no berço de quando acorda bem.
Qualquer coisa é pequena perto de um "mamã..." Ou um "papapapapa"

Já disse uma vez, em outro texto, de outro lugar: Deus deve ser maluco! Colocar em nossas mãos algo tão frágil e tão depedente e dizer: Cuida!" Continuo pensando isso.....

Ainda bem que ele também nos manda anjo da guarda que ajudam como podem, sempre que podem.... Que o diga as vovós, vovôs, madrinhas, tias, tios (os de sangue e os de coração).


Affffffffffffffff...............
Só um desabafo depois de uma pequena tempestade. Que, felizmente, passou!